AGENTES DEFENDEM A INTERDIÇÃO DA CADEIA PÚBLICA DE BARREIRAS
Na rebelião ocorrida na área de carceragem neste domingo, 02, no Complexo Policial do bairro Aratu, os presos destruíram algumas grades de celas, romperam todos os cadeados, arrancaram a porta que separa o pátio interno do externo, removeram os suportes onde presos são algemados para revistas e destruíram parcialmente a parede da carceragem próxima a cela das mulheres.
Os agentes plantonistas comunicaram o fato ao Coordenador Regional de Polícia José Resende de Moraes Neto e demais servidores que laboram na 11ª COORPIN e solicitaram apoio à Polícia Militar para combater o tumulto. A situação só foi contornada às 21 h 00, quando os policiais e o delegado Francisco Carlos de Sá invadiram a área de detenção.
Suportes onde presos eram algemados para revistas
Todas as celas estão abertas e somente hoje pela manhã vai ocorrer uma revista geral na cadeia para fazer um cálculo dos danos causados pelo motim e adotar outras providências.
Outros objetos retirados da cadeia
Agentes defendem a interdição imediata da cadeia e transferência dos detentos para outra unidade prisional, por causa da superlotação e das más condições do local, que além de oferecer risco à vida dos servidores plantonistas viola os direitos dos encarcerados.
Além da insegurança, o presídio é um ambiente com alto risco de contaminação para os detentos e funcionários da delegacia, porque é totalmente insalubre. Não possui higiene, a iluminação é precária, não dispõe de ventilação adequada e as mulheres ficam no mesmo pavilhão que os homens.
Como citamos em matéria anterior: os detentos reclamam principalmente do tratamento degradante e desumano que recebem na unidade prisional, a qual depois da última reforma deixou de oferecer espaço para o “banho de sol”, praticas de atividades físicas ou lazer e está superlotada. Por fim, as instalações violam totalmente os direitos humanos e inviabilizam a adoção de políticas que promovam a ressocialização dos encarcerados.
Um dos agentes investigadores que não quis se identificar, argumentou que a cadeia está com 140 presos em um local que deveria receber apenas 28. “Será que o Ministério público e a Vara Crime de Barreiras não enxergam isso!”, manifestou o policial.
Alô Alô Salomão