Com uma adesão muito abaixo da esperada, o Ministério da Saúde vai estender a campanha de vacinação contra sarampo e influenza por mais 20 dias.
O Jornal Nacional foi até um dos postos de saúde mais movimentados do Distrito Federal. Mas pouca gente que estava na fila foi à procura das vacinas contra a gripe e o sarampo. A professora Vanessa Alves Bernardes foi para tomar a vacina contra Covid e descobriu que poderia tomar a vacina contra influenza ao mesmo tempo. Saiu duplamente protegida.
“Agora eu já tomei a terceira dose da Covid e agora a vacina da gripe. Agora eu estou descansada”, diz Vanessa.
A campanha nacional contra sarampo e influenza começou em abril, com grupos prioritários. Mas, até agora, a adesão foi muito baixa. Contra o sarampo, apenas 31,3% dos quase 13 milhões de crianças de 6 meses a 5 anos que deveriam ser imunizadas. Contra influenza, que inclui crianças e adultos, a adesão foi de pouco mais de 34,8% – dos quase 80 milhões de pessoas esperadas.
Segundo especialistas, o objetivo da vacinação contra o sarampo é proteger as crianças de uma doença que já estava controlada no país, mas vem provocando surtos. A imunização contra o vírus da influenza é especialmente importante nesta época de frio. E isso tudo evita complicações e pressão sobre o sistema de saúde.
Mas, a baixa cobertura vacinal levou o Ministério da Saúde a prorrogar a campanha que terminaria nesta sexta (3) para até o dia 24 de junho.
A vacina do sarampo: a prioridade é para crianças de 6 meses a 5 anos de idade; trabalhadores de saúde e adultos que nunca se vacinaram contra a doença.
A da gripe para crianças de 6 meses a 5 anos; idosos com mais de 60 anos; grávidas ou as que acabaram de ter filho; professores; pessoas com comorbidade ou deficiência permanente, entre outros. A partir de 25 de junho, a vacina da gripe estará disponível para toda a população a partir de 6 meses de idade.
A caderneta de vacinação da pequena Laura está em dia. Nesta quinta-feira (2), ela encarou duas agulhadinhas. O choro logo passa, a proteção permanece.
“Tem que ter preocupação, né? Para vacinar criança, para ela ficar imune. Ela tem tudo completo e está vindo paro reforço do sarampo e da gripe”, conta a dona de casa Francisca de Queiroz, mãe de Laura.
O presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Marco Sáfadi, aleta sobre a importância e urgência da imunização.
“Aqueles que se encontram desatualizados em relação ao seu esquema vacinal que procurem um posto de saúde, que atualizem sua carteira. Porque nós temos, nesse momento, um cenário no nosso país que é propício a reemergência de doenças que estavam controladas ou, até mesmo, eliminadas”, diz Sáfadi.
Nesta quinta-feira (2), o Ministério da Saúde também autorizou a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid para pessoas a partir dos 50 anos. Até agora, a segunda dose de reforço era liberada apenas para adultos com mais de 60 anos ou pessoas imunossuprimidas. Estados e municípios deverão anunciar o calendário de vacinação de acordo com os estoques.
Fonte:G1