No município de Cristópolis, localizado no Oeste da Bahia, uma importante movimentação tomou as ruas. Sob a liderança da APLB Sindicatos, professores se concentraram em frente à prefeitura municipal, exigindo a implementação do “Piso Salarial 2023”.
A mobilização teve seu início em 28 de setembro com a chamada “paralisação pontual”, onde os educadores ensinavam até o intervalo e, em seguida, interrompiam suas atividades. Tal ato se estendeu até o dia 4 de outubro. Washington Novaes, diretor da APLB/Sindicato, relatou que após a paralisação inicial, a categoria não obteve resposta da gestão municipal, continuando assim o movimento. Apesar de o gestor enviar um ofício solicitando o fim das manifestações e prometendo um possível pagamento até o dia 10, nenhuma proposta formal foi apresentada.
Enfatizando a qualidade educacional de Cristópolis, Washington destacou que o município possui o melhor IDEB do oeste baiano e, talvez, de todo o estado. “A gestão elogia e divulga nosso IDEB, mas o que queremos é uma real negociação sobre o piso”, declara. Ele ainda reitera que a categoria não possui desavenças com a gestão do prefeito Gilson, apenas busca o reconhecimento e valorização profissional.
A modalidade das paralisações pontuais é simples, porém impactante: os docentes ministram apenas duas aulas e, em seguida, se retiram da escola, deixando os alunos. As dificuldades não se limitam apenas ao salário. Uma educadora ressaltou os desafios logísticos e de transporte, especialmente ao lidar com alunos da zona rural.