Uma mulher trans de 18 anos foi encontrada morta na madrugada de domingo, 07, dentro de um carro no município de Luís Eduardo Magalhães, na região Oeste da Bahia. O corpo da vítima, identificada socialmente como Rhiana (nome civil: Wender Alves da Silva), estava em um Volkswagen Fox azul.
De acordo com o relato do motorista — que usava o carro por aplicativo — o que motivou a tragédia teria sido uma discussão iniciada em Barreiras, quando a passageira solicitou a corrida. O homem disse que, ao retornar com a vítima para Luís Eduardo Magalhães, ela o ameaçou, afirmou que o acusaria de estupro e simulou pegar algo na bolsa.
Ainda segundo o depoimento, ele reagiu com uma cotovelada no rosto da jovem e, em seguida, aplicou um golpe de “mata-leão” (estrangulamento), que teria provocado o desmaio da vítima. Ele tentou reanimá-la — sem sucesso — e seguiu até a delegacia para se entregar, levando o corpo no próprio veículo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou o óbito; a perícia técnica foi acionada e o corpo encaminhado ao IML para necropsia.
O motorista foi ouvido pela polícia e liberado. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil da Bahia, segundo informação divulgada inicialmente pelo veículo local que noticiou o crime.
O caso levanta preocupação e indignação: em meio a uma realidade já marcada por violência e transfobia, a morte de Rhiana reacende o debate sobre segurança, direitos e vulnerabilidade da população trans no Brasil — especialmente quando se trata de serviços de transporte por aplicativo.










