O Brasil se prepara para iniciar a vacinação com a terceira dose em idosos e imunossuprimidos a partir de setembro. O Ministério da Saúde informou nesta quarta-feira, 25, que prevê o incío desta fase de imunização no dia 15 de setembro. Já o governo de São Paulo vai começar no dia 6, segundo o governador João Doria (PSDB).
Ainda serão definidos detalhes sobre a nova fase da campanha, mas listamos algumas perguntas e respostas sobre esta nova etapa:
Por que será necessário aplicar a terceira dose?
A aplicação de uma dose de reforço tem sido defendida por especialistas diante da alta de infecções entre imunizados com as duas doses, como foi o caso do ator Tarcísio Meira, que morreu este mês. Também há evidências científicas de que a proteção induzida pelas vacinas cai ao longo do tempo, o que coloca em risco, principalmente, os grupos mais vulneráveis. O avanço da variante Delta – mais transmissível – também tem colocado autoridades em alerta.
Isso significa que a vacina é ineficaz?
Não. Estudos científicos e o monitoramento da aplicação das vacinas revelam que os imunizantes contra a covid-19 são eficazes contra o coronavírus e funcionam contra as variantes já conhecidas. Pode existir, no entanto, uma queda do nível de proteção vacinal ao longo do tempo.
A partir de quando o imunizante será aplicado?
O Ministério da Saúde prevê o início da vacinação com a terceira aplicação a partir de 15 de setembro. No entanto, em São Paulo, Doria anunciou a nova etapa com início previsto para o dia 6 de setembro. A estratégia no Estado vale para aqueles que já completaram o período de seis meses após a segunda aplicação.
Quais serão os grupos prioritários?
Em um primeiro momento, os idosos acima dos 70 anos e as pessoas imunossuprimidas vão receber o reforço com a terceira dose, de acordo com o ministro Marcelo Queiroga. O Ministério da Saúde já alertou sobre a nova etapa de vacinação. Ainda não há informações sobre como será a vacinação dos imunossuprimidos e demais grupos prioritários. Já em São Paulo, a estratégia abrange, inicialmente, os idosos com mais de 60 anos que já completaram os 6 meses após a segunda dose. Ainda não há no calendário paulista data para a aplicação em imunossuprimidos.
Quem são os imunossuprimidos?
De acordo com o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, este grupo inclui “indivíduos que passaram por transplante de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas que vivem com HIV e CD4 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida. Também engloba pessoas que usam” imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizam tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses e neoplasias hematológicas”. Este pode ser considerado um grupo de risco para desenvolver formas graves da covid e, consequentemente, maior grau de risco para as variantes, como a Delta, que é mais agressiva e mais transmissível, como alertam especialistas.
Reforço será dado só para quem tomou a Coronavac?
Não. A dose de reforço vai ser aplicada nos indíviduos elegíveis que tomaram qualquer um dos imunizantes disponíveis no País.
É preciso fazer cadastro ou já procurar o posto de saúde?
Não. No Estado de São Paulo, quem já foi vacinado já está cadastrado no Vacina Já, o que desobriga a população de realizar um novo cadastro. Assim que os grupos forem chamados, as pessoas elegíveis neste primeiro momento podem buscar atendimento nos postos de imunização.
Quando os demais grupos serão imunizados?
A estratégia para vacinação dos demais grupos ainda não foi definida pelo governo de São Paulo e pelo Ministério da Saúde.
Quais vacinas serão usadas?
O Ministério da Saúde diz que haverá preferência à vacina da Pfizer, mas também poderá ser usada a vacina da Janssen ou da AstraZeneca. As vacinas usadas serão as que estiverem disponíveis nas unidades de saúde, de acordo com o governo de São Paulo.
Quais outros países já aplicam a 3ª dose?
Além do Brasil, Alemanha, França e Israel já optaram pela aplicação da terceira dose do imunizante contra a covid-19. Estados Unidos e Chile também são países que adotaram medidas semelhantes.
Fonte: Terra