Após solicitação do Ministério da Saúde para autorização de excepcionalidade para o uso de dois testes diagnósticos da varíola dos macacos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (29), o uso imediato e emergencial de 24 mil reações para detecção da doença, também conhecida como monkeypox. O Centro de Operação de Emergências (COE Monkeypox) avalia, com representantes de estados e municípios, como será a distribuição dos kits produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Atualmente são oito laboratórios de referência para o diagnóstico da varíola dos macacos no Brasil, sendo quatro unidades de Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. E mais quatro unidades de referência nacional, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) localizadas nos estados do Rio de Janeiro e Amazonas, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Instituto Evandro Chagas, no estado do Pará.
Todos os resultados de testes diagnósticos para detecção da varíola dos macacos feitos por laboratórios da rede pública, rede privada, universitários e quaisquer outros em todo o País, precisam ser informados ao Ministério da Saúde. A pasta reforça que não só resultados positivos precisam ser informados. De acordo com a nova orientação já em vigor, todos os resultados, sejam positivos, negativos ou inconclusivos precisam ser informados para qualificar o monitoramento.
Até o momento, não existe nenhum teste de diagnóstico comercial para a doença com registro aprovado na Anvisa.
Tratamento
O Ministério da Saúde recebeu, na última sexta-feira (26), os primeiros antivirais contra a varíola dos macacos. O Tecovirimat é indicado para casos graves da doença. Os 12 tratamentos foram doados ao Brasil pelo laboratório fabricante.
O envio foi intermediado pelo Ministério das Relações Exteriores, via Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e Embaixada do Brasil em Washington, e as providências para internalização realizadas junto a Anvisa.
Fonte: Ministério da Saúde