Acusado de cometer feminicídio no dia 02/07/2023, por volta das 22 horas e 15 minutos, no Povoado de Perdizes, zona rural de São Desidério, tendo como vítima Marilene Rodrigues da Silva, de 39 anos, João Pereira dos Santos foi preso durante audiência na última quarta-feira (26), na delegacia local.
De acordo com o delegado de polícia Dr. Carlos Cruz Ferro estava em gozo de férias no período em que o crime aconteceu, mas o seu substituto, o delegado de Polícia Dr. Leonardo Almeida instaurou inquérito policial através de portaria e representou pela prisão temporária do autor do crime, que, durante depoimento declarou que a morte de Marilene tinha sido provocada por um disparo acidental ao tentar desarmar a vítima, que teria pegado a arma para atirar contra ele, desta forma, contradizendo a versão relatada em laudo pericial do Departamento de Polícia Técnica, que indicava que a mulher tinha sido alvejada com um tiro a queima roupa e na nuca.
Ao chegar de viagem, o delegado Carlos Ferro percebeu a necessidade de ouvir novamente o suposto autor do crime, além de outras pessoas, afim de melhor esclarecer os fatos.
Ainda segundo Dr. Carlos Ferro, em seguida foi solicitado e acatado pelo Juiz da comarca do município, Dr. Davi, no dia 25/07/2023, o pedido de prisão preventiva do denunciado mediante parecer do representante do Ministério Público Estadual, Dr. André Fetal. O delegado se empenhou em localizá-lo, porém não obteve êxito em suas diligências. “Encontramos a casa dele fechada no povoado de Perdizes…fomos ao Sítio do Rio Grande, fomos ao Boqueirão… No Sítio do Rio Grande, a irmã dele narrou que ele estava no estado do Goiás e que se apresentaria com o seu advogado”, narrou o delegado.
Carlos Ferro também afirma que o investigado se resguardou ao direito de só falar em juízo, não respondendo suas perguntas sobre o fato, mas afirmou que estava no estado do Goiás. O delegado entende que ele infringiu a Lei ao fugir do distrito de culpa, porque não tinha o direito de sair para outro estado sem justificar sua ausência ao juiz e por isso vai solicitar que o acusado permaneça na cadeia. “Irei representar para que seja mantida a prisão preventiva “, ressaltou Dr. Carlos Ferro.