A principal acusação contra o caminhoneiro é de que ele teria “incitado” as manifestações do dia 7 de setembro.
Caminhoneiro bolsonarista é alvo de uma ordem de prisão por incitar violência e atos antidemocráticos nas manifestações de 7 de setembro
O líder caminhoneiro bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, se entregou nesta terça-feira (26) à Polícia Federal em Joinville (SC). Ele retornou ao Brasil após passar quase dois meses foragido no México.
Trovão é alvo de uma ordem de prisão pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, decretada em setembro, por incitar violência e atos antidemocráticos nas manifestações de 7 de setembro.
Segundo o jornal O Globo, o caminhoneiro teria viajado do México ao Peru na semana passada para voltar ao Brasil. Ele teria retornado ainda no último final de semana e se escondido com sua família até se entregar nesta terça.
As autoridades mexicanas não prenderam Zé Trovão porque seu nome ainda não havia sido incluído na lista da Interpol, o que impediria sua prisão no Exterior.
Trovão foi aconselhado por seus advogados, Elias Mattar Assad e Thaise Mattar Assad, a se entregar. A defesa tentará converter a prisão preventiva em medidas cautelares, visando a prisão domiciliar, com tornozeleira eletrônica — medida já adotada contra outros alvos da investigação dos atos do Dia da Independência.
“Na qualidade de advogados do Sr. Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, informamos que na data de hoje promovemos sua apresentação espontânea ao Excelentíssimo Senhor Doutor Delegado Chefe da Polícia Federal em Joinville – Santa Catarina, cidade de seu domicílio. Assim, está ao dispor da Justiça para provar sua inocência. Na sequência, a defesa formulará pleitos de liberdade”, diz a nota assinada pelos advogados.