Tatiane Ferreira dos Santos enviou vídeos, mensagens de texto e áudios à nossa redação, afirmando que não foi vítima de acidente e sim de um atentado, na noite de sábado (26), quando capotou o seu veículo (GM Classic), na Avenida Clériston Andrade, próximo ao INSS.
Esclarece que a mulher com quem possui união instável de mais de cinco anos, foi a causadora do capotamento do automóvel. Afirma que, depois de agredí-la com socos na boca, a acusada fez com que a mesma perdesse o controle da direção, agarrando e puxando propositalmente o volante para o lado dela, em seguida pulou do carro, o qual capotou no canteiro central, entre a BR 242 e a avenida.
Informa que ela puxou o volante depois de ter sido ameaçada de ser denunciada na delegacia, por tê-la agredido fisicamente com os dois socos, após discutirem.
Tatiane ressalta já ter sofrido outras agressões físicas e psicológicas e por isso estava decidida a registrar um Boletim de Ocorrência (BO) e pedir proteção à polícia e isso gerou revolta em sua companheira de convívio que tentou matá-la com essa atitude.
O capotamento do automóvel lhe provocou distensões graves, hematomas, leves escoriações e lesões. Diante disso, foi socorrida pelo SAMU e encaminhada para o Hospital do Oeste. Sua companheira foi encaminhada para a UPA com leves ferimentos.
Tatiane diz que estava acamada e por isso ainda não tinha registrado o caso na polícia, mas procurou a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, depois de reestabelecer sua condição física e entrou em contato com a imprensa para tornar o assunto público. Ainda alega que se sente em perigo e necessita de proteção da Polícia Civil por meio da aplicação de medidas protetivas. “Quero aqui pedir uma protetiva contra ela. Estou sendo ameaçada e estou com medo”.
De acordo com o delegado, Doutor Francisco Carlos de Sá, o caso deve ser punido com base na Lei Maria da Penha, mas a apuração é de responsabilidade da DEAM.
A outra parte nega versão de Tatiane
A parte acusada, que prefere não se identificar, informa que, ambas estavam discutindo no carro, em uma velocidade relativamente alta, e no calor da discussão, Tatiane agarrou seu braço esquerdo, que inclusive possui marcas de unha. “Nisso que ela agarrou meu braço, eu fui com o braço para o lado dela, pra ela me soltar, foi quando eu bati a mão no volante, fazendo o carro pender para o lado esquerdo, momento em que ela puxou o carro de volta pra direita, bateu no meio-fio e capotou, e nós duas sofremos o acidente. A verdade da história foi essa. Agora cabe a cada uma provar o que está falando, né ? A Justiça vai apurar os fatos e ver realmente quem está falando a verdade e quem está falando a mentira”.